Por clarissa.sardenberg

Hungria - Um cenário caótico aconteceu nesta quinta-feira na Hungria, onde centenas de refugiados que tentam há dois dias embarcar para a Europa Ocidental na estação de trem de Budapeste. Policiais húngaros pararam abruptamente um trem com 300 refugiados, que pensavam que seguiriam para Áustria, de onde poderiam chegar à Alemanha.

Os agentes conseguiram esvaziar um dos vagões para levar, à força, os refugiados para um campo de detenção. Enquanto isso, outros imigrantes protestavam: "No camp! No camp!" (Acampamento não!).

Menino morto em praia fugia de cidade dominada pelo Estado Islâmico

Polícia húngara arrastou mulher que segurava bebê para fora dos trilhos de trem Reuters

Homens e jovens se recusavam a deixar os vagões enquanto pais tentavam proteger seus filhos.Um grupo empurrou dezenas de policiais da tropa de choque que guardavam uma escadaria para poderem voltar ao trem.

Uma família chegou a se jogar nos trilhos para tentar escapar da polícia. Foi necessário que policiais se atracassem com o homem para obrigá-los a se levantar. Após várias tentativas fracassadas e um confronto intenso, a polícia desistiu e os refugiados subiram novamente no trem.

A opinião pública europeia ficou chocada com as imagens de um menino sírio de 3 anos que foi encontrado afogado em uma praia da Turquia, divulgadas na primeira página de jornais de todo o continente nesta quinta-feira.

Família de refugiados se jogou em trilhos em forma de protesto para tentar escapar da polícia Reuters

“Ele tinha nome: Alyan Kurdi. Exige-se uma ação urgente – Uma mobilização em toda a Europa é urgente”, disse no Twitter o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, sobre o menino, que morreu junto com a mãe e o irmão de 5 anos.

Os pais do menino declararam que a família almejava ir para o Canadá através da Europa quando partiu da costa turca rumo à ilha grega de Kos. Seu irmão Galip, de 5 anos, e sua mãe Rehan, de 35, também morreram. O pai, Abdullah, foi encontrado quase inconsciente e levado a um hospital.

Uma tia de Vancouver, Teema Kurdi, contou ter sabido da notícia por outra tia: “Ela recebeu uma ligação de Abdullah, e tudo que ele disse foi ‘minha esposa e meus dois meninos morreram’”, teria dito ela, segundo o jornal canadense "National Post".

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