Por bferreira

Rio - Ao passar por problemas financeiros, não é apenas com o bolso que devemos nos preocupar: é importante também ficar de olho na própria saúde. O estresse causado por dívidas, desemprego ou o medo de ser demitido pode causar dores de cabeça, insônia e distúrbios digestivos. O apetite, especificamente, pode ser influenciado para mais ou para menos: uns comem para “afogar as mágoas”, outros ficam sem vontade de fazer refeições.

“A crise atual com certeza impacta”, afirma Paulo Zaia, vice-presidente da Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. Além de problemas de saúde, a situação prejudica o desempenho profissional. Alguns tem a sua produtividade afetada, outros utilizam o horário de trabalho para resolver as questões financeiras.

Reconhecendo que é impossível esquecer o estresse, Paulo ressalta que o ideal é adotar formas de distração. “Não deixar de fazer exercícios, ter momentos de lazer”, explica. As empresas, por outro lado, precisam oferecer suporte médico e psicológico, na opinião do especialista em Saúde Ocupacional.

Quando estourou a crise financeira nos Estados Unidos, em 2008, pesquisa realizada pela agência de notícia ‘Associated Press’ e pelo site ‘AOL’ mostrou que, entre quem relata alto índice de estresse por causa de dívidas, 44% sofriam com dores de cabeça (contra 15% entre os com baixo estresse), 27% tinham problemas digestivos (contra 8%) e 23% sofriam de depressão severa (contra 4%).

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