Por bferreira

Rio - Uma latinha de cerveja ou um chopinho aqui, uma tacinha de vinho ali... O consumo moderado dessas bebidas durante a gravidez pode até parecer inofensivo, mas oferece risco à saúde e à formação do bebê. É o que alerta a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) com a campanha #GravidezSemÁlcool, que promove amanhã uma caminhada no Parque Villa Lobos, na capital, contra a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

A atriz Deborah Secco protagoniza a campanha %23GravidezSemÁlcoolDivulgação

A ação conta com a parceria de diversas associações médicas e o apoio de famosos como a atriz Deborah Secco, grávida de sua primeira filha, Maria Flor.

O objetivo é chamar a atenção de gestantes para os malefícios da exposição pré-natal a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica.Evidências médicas demonstram que um só gole pode acarretar problemas graves e irreversíveis ao bebê. A SAF apresenta diversas manifestações, desde malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, mas as alterações comportamentais estão sempre presentes.

Contabiliza, no mundo, de um a três casos por 1.000 nascidos vivos. “A SAF é um problema que afeta toda a sociedade, não só na área de saúde, mas também na de segurança, por poder se manifestar como comportamento perverso”, comenta Mário Roberto Hirschheimer, presidente da SPSP.

O álcool não é o único vilão na gestação. Uma nova campanha criada pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) alerta as mulheres sobre a importância de manter uma alimentação saudável durante a gravidez: a ingestão de comidas e bebidas gordurosas e calóricas também pode prejudicar a saúde do bebê ainda no útero da mãe. O slogan da campanha traduz o que os desenhos representam: ‘Seu filho é o que você come’. O anúncio, comentado pela imprensa internacional, mostra bebês sendo amamentados em hambúrgueres, refrigerantes e doces gordurosos.

Ganhar 1kg por mês é um risco

Para a nutricionista materno-infantil, Eveline Duarte, a lógica de que a grávida tem que ganhar um quilo por mês não é correta. “No início da gestação, se há aumento de peso, quem ganhou foi a gestante. É só lá pela 25ª semana que o bebê realmente começa a ganhar peso. Por isso, nos primeiros meses, a rotina alimentar não deve aumentar a quantidade.”

Segundo a especialista, frutas, queijo branco,oleaginosas, farelo de aveia e chia devem ser incluídos na dieta. Já embutidos, peito de peru e presunto, que são ricos em sódio e gordura, devem ser substituídos. Também não é recomendado consumir alimentos crus, sejam carnes ou verduras. O mais importante, diz ela, é aprender a montar o prato e a fazer as substituições corretas.

Reportagem de Aline Cavalcante

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