Por felipe.martins

Rio - O Papa Francisco pode estar enfrentado um complô dentro do próprio Vaticano contra as medidas reformistas que pretende promover na Igreja Católica. Nesta terça, a divulgação, em circunstâncias misteriosas, de uma carta privada a Francisco assinada por 13 cardeais conservadores denunciando o funcionamento do Sínodo sobre a família elevou a tensão no Vaticano. Um dos signatários chegou a evocar o espectro de um novo ‘Vatileaks’.

Nesta carta confidencial datada de 5 de outubro, os 13 cardeais contestam a organização do Sínodo, explicando temer que os progressistas sejam beneficiados. O texto foi divulgado na segunda-feira pelo vaticanista Sandro Magister, um dos críticos do pontificado de Francisco, excluído da sala de imprensa em junho por ter divulgado a encíclica ‘Laudato se’ antes de sua publicação oficial.

Vazamento de cartas expõe suposto complô contra reformas do PapaFoto%3A EFE

"Este é um novo Vatileaks. Uma carta particular pertencente ao Papa. Como foi publicada?", reagiu um dos signatários, o cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller, guardião da doutrina em Roma, exigindo que os responsáveis pelo vazamento sejam revelados.

A carta se concentra na proibição da comunhão para divorciados novamente casados, que eles consideram algo inegociável. Também questiona indiretamente a neutralidade da comissão que o Papa encarregou de elaborar o documento final do Sínodo.

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