Cidade do Vaticano - Em um sínodo em que propõe discutir novas relações da Igreja Católica com as famílias, o Papa Francisco elevou pela primeira vez um casal à mesma condição da filha beata: pais de Santa Terezinha, uma das mais veneradas do catolicismo, foram canonizados neste domingo, juntos.
Somente casais mártires tinham recebido o ‘santo selo’ ao mesmo tempo do Vaticano. São Louis Martin e Santa Zélie Guérin Martin tiveram nove filhos. Quatro faleceram na infância e cinco filhas seguiram a vida religiosa, inclusive Teresa de Lisieux.
Francisco disse que os novos santos “viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”. Eles foram escolhidos para destacar o papel chave que os pais têm no desenvolvimento espiritual e humano dos filhos.
Francisco voltou a pregar humildade na Santa Sé. “Aqueles que servem aos outros e carecem de prestígio de fato exercitam autoridade genuína na Igreja”, afirmou ele, numa missa para cerca de 65 mil pessoas na Praça de São Pedro. “Carreira, ambição, fama e triunfos mundanos são incompatíveis com o discipulado cristão”, sublinhou o Papa.
Outros dois viraram santos
O Papa canonizou ainda Vincenzo Grossi, fundador do Instituto das Filhas do Oratório, e Maria da Imaculada Conceição, da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz. “São Vicente Grossi foi pároco zeloso, sempre atento às necessidades do seu povo. Com ardor, repartiu o pão da Palavra para todos”, recordou Francisco.
“Santa Maria da Imaculada Conceição serviu pessoalmente, com grande humildade, os últimos, com uma atenção especial aos filhos dos pobres e aos doentes”, acrescentou.
