Por bferreira

Rio - ‘Quem imaginaria que uma pessoa nova pode ter um AVC?” O questionamento, que poderia ser da grande maioria dos brasileiros, é de Lucélia dos Santos, a auxiliar de 33 anos que sofreu um AVC hemorrágico aos 32. “Eu trabalho na saúde há 13 anos e não sabia que a doença acontecia em jovens”, conta. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 13 mil pessoas entre 15 e 39 anos morreram com a doença nos últimos cinco anos.

Para Eduardo Fávero, cirurgião vascular do Hospital Souza Aguiar, o estresse pode ser um dos principais fatores para a doença entre jovens. “O controle da pressão e do açúcar no sangue é feito pelo estresse. Assim, a pessoa tende a fumar mais e a fazer menos exercícios físicos, ficando mais exposta aos fatores de risco”. O médico lembra ainda que comodidades como carro, controle remoto e fast food fazem com que as pessoas se movimentem cada vez menos.

Popularmente conhecido como “derrame”, o AVC pode ser isquêmico, mais comum, é um entupimento de artérias responsáveis pela circulação do sangue no cérebro, ou hemorrágico, quando uma artéria se rompe, geralmente, por causa de pressão alta.

A doença é uma das que mais matam no mundo, superando a Aids, a dengue e o câncer de mama. No Brasil, a cada cinco minutos, um brasileiro morre por causa do AVC. São mais de 100 mil óbitos por ano. Amanhã, Dia Mundial de Combate ao AVC, a ONG Rede Brasil AVC promove ações de mobilização nas principais capitais. Com o lema ‘AVC. Eu me importo. E você?’, a ideia é aumentar a prevenção e melhorar o tratamento e a reabilitação das vítimas. A cantora Ivete Sangalo gravou um vídeo para a campanha, que circula nas redes sociais.

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