O plano conta com 170 novos carros para levar os agentes de saúde que fazem vistorias nas residências, e a produção de material informativo com atividades que os moradores devem cumprir toda semana, como certificar se as caixas d'água estão fechadas e manter vasos de plantas limpos.
Segundo o governador Luiz Fernando Pezão, é preciso que todos tenham consciência da importância da união para o combate ao mosquito. “Só vamos avançar se estivermos de mãos dadas”, diz.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que a situação da microcefalia é “gravíssima” e que não faltarão recursos. “Este é o problema número 1 que o Brasil tem hoje. Não há problema mais grave do que a microcefalia”, afirmou. “É a primeira vez que ocorre na humanidade (a correlação de zika com a malformação fetal). Estamos aprendendo agora”. Ele ressaltou ainda a importância de as mulheres em idade fértil reforçarem cuidados para evitar a contaminação pelo mosquito.
Do início do ano até o último sábado, o estado de Pernambuco registrou o maior número de casos (804). O Rio de Janeiro aparece na 11ª posição, com 23 notificações. Já o número de óbitos foi registrado em oito estados do país. São eles: Rio Grande do Norte (7), Sergipe (4), Rio de Janeiro (2), Maranhão (1), Bahia (2), Ceará (1), Paraíba (1) e Piauí (1). Os possíveis casos ainda estão em investigação para confirmar se há relação com a contaminação por Zika vírus.
Novo critério reduz casos suspeitos
O ministério elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. Segundo Maierovitch, o objetivo do novo protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde. “O protocolo começa hoje e a partir dele poderemos classificar os casos suspeitos”.
Isso porque o documento contém a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, o parto ou após o nascimento; além da adoção de critérios para exclusão de casos suspeitos - o perímetro cefálico (circunferência da cabeça) deverá ser igual ou menor a 32 cm.
Maierovitch afirmou que a nova medida padrão adotada é a mesma preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na prática, ela deve diminuir o número de casos suspeitos. “Essa diferença aparentemente pequena leva a um grande número de notificações de crianças que estão na curva de normalidade, no extremo dessa curva”, disse.