Sobe para 34 número de mortos em naufrágio na Turquia
Entre eles estão três crianças. Mais de 500 mil refugiados e imigrantes entraram na Grécia pela Turquia em 2015
Por clarissa.sardenberg
Turquia - Subiu para 34 o número de mortos no naufrágio de um barco de refugiados na Turquia, incluindo três crinanças, segundo autoridades turcas. Os corpos foram localizados nesta terça-feira em dois pontos distintos na costa turca do mar Egeu após um barco aparentemente naufragar durante tentativa de alcançar a ilha grega de Lesbos. A nacionalidade das vítimas ainda é incerta.
As imagens dos corpos sendo encontrados pela Guarda-Costeira turca são chocantes e fazem lebrar o caso do menino sírio Alylan Kurdi, de apenas 3 anos. Ele morreu junto com o irmão de 5 anos e a mãe, de 35, em um naufrágio que matou 12 pessoas no início de setembro de 2015, na Turquia.
Pessoas que passaram pelo local tentaram prestar socorro. "Ouvimos um barco naufragado bater nas pedras. Acredito que essas pessoas tenham morrido quando nadavam para tentar alcançar as rochas. Viemos aqui para ajudar como cidadãos", disse uma testemunha da tragédia.
Vinte e quatro dos corpos foram encontrados no distrito de Ayvalik, enquanto outros 10 foram achados no distrito de Dikili. Três barcos e um helicóptero fizeram buscas por sobreviventes na região. A guarda costeira e as forças de segurança também resgataram 12 pessoas no mar e em pedras na costa de Ayvalik nesta terça-feira.
Lesbos, localizada a menos de 10 quilômetros da costa da Turquia, tem sido uma porta de entrada para milhares de imigrantes que buscam chegar à União Europeia, muitos deles fugindo da guerra civil na Síria.
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A crise humanitária que se instalou na Europa é a maior das últimas décadas. Em 2014, cerca de 1 milhão de refugiados, maior parte vindos da Síria, entraram no continente europeu pela Turquia na Grécia, acessando a ilha de Lesbos, e seguindo viagem para outros países em seguida — a maioria espera se instalar na Alemanha. Até o dia 21 de dezembro de 2015, cerca de 972.500 pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo, de acordo com números da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).