Por clarissa.sardenberg
Alemanha - Um grupo de "vigilantes" foi formado na cidade de Dusseldorf, na Alemanha, depois de cerca de 100 mulheres sofrerem violência sexual na noite de Ano Novo em Colônia, cidade vizinha. Nesta sexta-feira, o Ministério do Interior da Alemanha informou que conseguiu identificar 31 suspeitos e destes, 18 são imigrantes que solicitaram asilo ao país. De acordo com as autoridades, todos estão respondendo por crimes de furtos e lesões corporais. Os estupros deixaram a Alemanha em choque e despertaram debates sobre o envolvimento de imigrantes nos crimes, já que o país recebeu mais de 1 milhão de pedidos de asilos de refugiados do norte da África e do Oriente.
Cartazes como 'Contra o sexismo%2C contra o racismo' foram vistos em protesto de alemãs revoltadas com estupros e roubos em Colônia Reuters

Os alemães do grupo "Dusseldorf is Watching", que já conta com cerca de oito mil adeptos, juram proteger as mulheres de novos ataques e deixar as ruas mais seguras. A polícia, por sua vez, alertou que "procurar por agressores não é trabalho para os cidadãos".

Nos registros de ocorrência, as vítimas descreveram os agressores como "gangues de homens árabes ou norte-africanos". "Sabemos que entre eles havia refugiados procedentes de abrigos da região de Duisbourg, com documentos da Agência Federal de Migrações (Bamf)" Tobias Plate, porta-voz do ministério, ao falar sobre o caso dos estupros em Colônia, acrescentando que a investigação está em andamento.

Dos identificados, há nove argelinos, oito marroquinos, quatro sírios, cinco iranianos, um iraquiano, um sérvio, um norte-americano e dois alemães. Mas a polícia não especificou a nacionalidade dos 18 que fizeram a solicitação do asilo.

Casos de violência sexual vêm surgindo em todo o país, a imprensa local noticiou que quatro sírios — um de 21 anos,identificado como Mohammed A., um de 15 e outros dois de 14 — foram presos por estuprarem duas adolescentes no sul da Alemanha na noite dos ataques.
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"As mulheres tiveram que literalmente sair correndo de homens muito bêbados. Policiais foram abordados por diversas mulheres e meninas desesperadas, em prantos, contando sobre agressões sexuais feitas por grupos de imigrantes", declarou o chefe da polícia local sobre a noite dos incidentes.
Moradores de Colônia chegaram a realizar uma manifestação para cobrar uma postura das autoridades e exigirem o "fechamento de fronteiras". A pressão recaiu sobre a chanceler do país, Angela Merkel, que em 2015 afrouxou as medidas de entrada de imigrantes para conter a crise de refugiados na Europa.