Controverso e boquirroto pré-candidato à Casa Branca é um dos indicados à tradicional comenda
Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - O que o Papa Francisco e Donald Trump têm em comum? Ambos estão ‘concorrendo’ ao Nobel da Paz deste ano. Comitê de cinco acadêmicos da Noruega vai avaliar as postulações e divulgará o escolhido em outubro. Todos os anos, a lista dos ‘candidatos’ sugeridos é mantida em sigilo, mas nada impede que as indicações se tornem públicas.
Além do bilionário falastrão e do Pontífice pop — endossado pelo bispo Desmond Tutu, Nobel da Paz de 1984 —, estão no páreo Edward Snowden, que expôs a arapongagem dos EUA; Nadia Murad, escrava sexual do Estado Islâmico que conseguiu fugir e se tornou porta-voz das vítimas dos extremistas; moradores de ilhas gregas que acolhem náufragos que tentam entrar na Europa; e Angela Merkel, chanceler alemã que tem papel-chave na questão dos refugiados.
Na carta que solicita a postulação, o autor, ainda não identificado, afirma que Trump “tem uma vigorosa ideologia de paz, usada como arma de dissuasão contra o Islã radical, o Estado Islâmico, o Irã nuclear e a China comunista”.
ECOS DA DERROTA
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Donald Trump ainda não digeriu a inesperada derrota na estreia das primárias do Partido Republicano, em que ficou em segundo lugar. “Ted Cruz não ganhou Iowa, ele roubou”, escreveu Trump no Twitter. “É por isso que todas as pesquisas de opinião estavam tão erradas e por isso conquistamos bem mais votos do que antecipamos. Ruim!”, detonou. “Com base na fraude cometida pelo senador Ted Cruz durante o caucus de Iowa, ou uma nova eleição deve acontecer ou a anulação dos resultados de Cruz”, escreveu Trump.
Vitoriosa em Iowa, a democrata Hillary Clinton fez questão de se afastar do controverso rival. “Não somos amigos”, disse à ‘People’. “Não ligo muito para o que ele diz sobre mim porque vejo isso como, você sabe, política. Mas não particularmente o tipo que eu aprovo.”