Por tiago.frederico
Rio - A Secretaria de Transportes fará uma pesquisa de opinião para ajustar a grade horária das barcas do terminal de Cocotá, na Ilha do Governador. Os moradores da região têm reclamado muito de problemas na estação. No mês passado, a população chegou a entregar uma lista de reivindicações para o Secretário Estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio.
Com orçamento apertado, ele informou que pretende comprar quatro catamarãs de 500 lugares, no valor total de R$ 250 milhões, mas admitiu que não tem recursos disponíveis no momento. A aquisição aumentaria a capacidade de transporte e reativaria a estação da Ribeira.
Terminal de Cocotá%2C na Ilha do Governador%3A passageiros reclamam de problemas frequentes com as barcasCarlos Eduardo Cardoso / Parceiro / Agência O Dia

As principais reclamações são a quantidade de barcas e a grade horária insuficiente. “A grade pode ser aprimorada mesmo nas condições atuais, ajustando os horários que melhor atenderiam aos usuários”, explicou o secretário.

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O estado também vai transferir dois catamarãs do tipo HC adquiridos em 2005, de 1.300 lugares e mais velozes, da linha Praça 15 - Praça Arariboia para reforçar a frota até o fim do ano. Osorio explicou que espera a chegada de dois catamarãs de 2 mil lugares, comprados na China, que atenderão a linha de Niterói. “Teremos o potencial de triplicar o número de passageiros de Cocotá de 5 mil para 15 mil”, contou.
Novas linhas e um terminal no Fundão
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O estado pretende criar novas linhas combinadas nos horários de rush e construir uma estação no Fundão quando adquirir as quatro embarcações para os passageiros da Ilha do Governador. Segundo Carlos Roberto Osorio, o objetivo é atender o público da UFRJ e do polo tecnológico, favorecendo também quem mora ou trabalha no Centro.
Para o período de pico matutino, a ideia é ter as rotas Ribeira — Praça 15 — Fundão e Fundão — Ribeira — Praça 15. No fim da tarde, seriam criados os serviços Praça 15 — Ribeira — Fundão e Fundão — Praça 15.
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O governo planejava comprar os quatro catamarãs em 2014, mas o contrato não foi assinado por falta de garantia de financiamento. O ecologista membro do movimento Baía Viva Sérgio Ricardo, que participou da reunião dos moradores com o secretário no Clube do Cocotá, no dia 1º, disse que muitos discordaram que o estado financie os catamarãs, e não a CCR. Osorio ressaltou que a concessionária não tem obrigação contratual de fazer esse investimento.