Por bferreira
Rio - O 13 de maio continua pulsando em festa e luz como visto nas celebrações com respeito à Abolição da Escravatura, à aparição da Virgem de Fátima e o aniversário da cantora Angela Maria.
Em 1888, foi assinada a Lei Áurea, quando os negros se livraram de submissão, lágrimas, suor e sangue, mas deixando trabalho vigoroso firmado na geografia do Rio — inscrito na maioria das construções edificadas até o citado ano e, particularmente, nos esportes como a capoeira e na cultura imaterial do samba, derivado do batuque, que se confunde com a alma brasileira.
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O dia recebeu as graças da Senhora de Fátima, em Portugal, quando apareceu, “mais brilhante que o sol”, nos idos de 1917, a três meninos pastores com o pedido da oração do Rosário. Sua mensagem encontra ressonância no Centro do Rio no concorrido santuário, situado na Rua Riachuelo. A devoção percorre de casa em casa nos nichos-ambulantes com a Virgem de Fátima sendo conduzida através da fé, zelo e orações de fervorosas senhoras quando a Mãe de Jesus permanece abençoando o lar receptor.
A data, aniversário de Angela Maria, merece ser igualmente comemorada na expressão de sua plenitude. Tributos devem ser dedicados a esta intérprete de voz privilegiada, nascida em 1928, em Conceição de Macabu. Sobre ela, o presidente Vargas declarou: “Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti”. A intérprete de ‘Gente Humilde’, de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque ,e da carnavalesca ‘A Lua é Camarada’ serviu de inspiração a artistas do porte de uma Elis Regina e prossegue arrebatando legiões de fãs no Brasil.
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O 13 de maio passou a ser reconhecido, no país, por conta de suas efemérides, por sua intensa força e movimento dinamizando e estabelecendo trocas, reverências, comemorações, crenças e admiráveis laços de ternura.
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Coordenador do Projeto Roteiros Geográficos do Rio da Uerj