Por tamyres.matos

Rio - Uma polícia bem treinada é tudo que uma sociedade civil organizada almeja para garantir a sua segurança. Nesse processo, além do aparelhamento, armamentos e veículos, o bom condicionamento físico dos agentes é parte intrínseca do desempenho da função. Um quesito que deveria ser obrigatório, mas que vem sendo negligenciado por tropas da Polícia Militar no Rio, como revela reportagem de O DIA desta segunda-feira.

É preocupante que, de um universo inicial de 1.514 policiais submetidos a provas de esforço físico, incluindo aí agentes de oito Unidades de Polícia Pacificadora, UPPs, 85% estejam fora de forma.

O mau resultado das primeiras provas — que devem avaliar ainda mais de 40 mil policiais em todo o estado — deve acender o sinal de alerta da cúpula de segurança. É inadmissível que de 100 agentes, como mostra a reportagem, apenas 15 apresentem condições satisfatórias para o bom desempenho da função.

Menos mal que esses testes fazem parte de programa criado pela própria corporação. A divulgação de dados preliminares, portanto, demonstra transparência da Polícia Militar e tentativa de correção de rumos. Isso é um bom começo.

Então, que o próximo passo seja implementar nos quartéis treinamentos específicos para combater suposto sedentarismo nos batalhões.

O que não pode é a população pagar o preço por mais essa deficiência. O patrulhamento ostensivo não pode ser comprometido por agentes que passam das medidas. Em todos os aspectos.

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