Por bferreira

Rio - “A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo”, afirmou o Papa Francisco. A força poética deste pensamento não esconde sutil referência aos manifestos recentes protagonizados pela juventude brasileira, que com muita criatividade e paixão antecipou um jeito novo de fazer política: os jovens querem participar e ser ouvidos, mas também reivindicam conquistar novos direitos. O primeiro é o direito à vida, porque sem ela não se pode fruir os demais.

A violência e o extermínio têm ceifado prematuramente a vida de nossos jovens. A principal causa de morte entre 15 e 29 anos é o homicídio e atinge especialmente negros moradores das periferias e áreas empobrecidas dos centros urbanos. Extermínio tem cor, endereço e classe social. São estes jovens, muitas vezes apresentados como raiz do problema da violência, os mais esquecidos pelas políticas públicas. São estes jovens as maiores vítimas do desemprego (13,6% em maio e 15,3% em junho, quando a taxa geral do país é de apenas 5,8%).

Os jovens que acordaram o gigante agora esperam que governantes e sociedade civil também possam ser acordados para esta realidade e agir. Agir significa ir além da letra da lei, chegar ao cidadão, superar as iniquidades históricas praticadas contra a juventude e ampliar a oferta de emprego, a qualificação profissional, o aumento da escolaridade, o acesso à cultura, esporte e lazer.

A Alerj, através da Comissão da Juventude, vai acompanhar a implantação das políticas públicas voltadas para o jovem e colaborar para o fortalecimento de sua institucionalidade. Além disso, vai facilitar o diálogo entre as experiências municipais e o público jovem a quem se destina. O futuro que entra no mundo pela janela da juventude não precisa ser representado pelas cadeias abarrotadas ou pela morte prematura de nossos jovens, mas pode ser um futuro de vida, em toda a sua plenitude!

Deputado estadual pelo PDT e presidente da Comissão Especial da Juventude

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