Por bferreira

Rio - A Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps) está desfraldando mais uma bandeira para conquistar a inclusão dos servidores da Previdência Social, Ministério e INSS, no grupo dos que exercem atividades exclusivas e típicas de Estado. Essa exclusão é inaceitável e injustificável.

Nossa responsabilidade na gestão da Previdência vem de longe, desde a criação dos caixas e dos institutos de aposentadorias e pensões. Tem 90 anos. Gerações de servidores passaram por nossas unidades, e milhões de brasileiros foram contribuintes e beneficiários.

Infelizmente, por falta de uma política de recursos humanos à altura das necessidades de um país de 200 milhões de habitantes, com 60 milhões contribuindo para qualquer tipo de Previdência e 31 milhões recebendo benefícios previdenciários e assistenciais, nós, responsáveis pelo Regime Geral de Previdência Social, continuamos sendo discriminados em carreiras, salários e cargos. Isto é uma vilania de um Estado que trata mal seus servidores e seus cidadãos.

Tudo que diz respeito aos servidores tem tratamento diferenciado e complicado. O fim da isonomia entre civis e militares e entre ativos e inativos e instituidores de pensão inaugurou o ciclo da mesquinharia e das iniquidades. Instalou-se a desordem no setor público.

A Anasps, nestes seus 20 anos, não tem feito outra coisa: combater os desmandos e os lapsos legais na área de gestão de pessoas. Há um complô entre seus responsáveis de vilipendiar os servidores que nos obriga a entrar com ações judiciais, para obtermos na Justiça o que nos negam na legislação ordinária. Algo inexplicável. Só nós da Anasps temos 88 ações. Acredito que esta é uma situação que não pode ficar indefinida.

Vice-presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social

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