Rio - Nos últimos dias houve intensa discussão acerca do Programa Mais Médicos e da nova intervenção do governo nas operadoras de planos de saúde. O DIA mostra hoje um terceiro tema dentro desse universo, que merece igual atenção: projeto em tramitação no Senado que garante para aposentados e pensionistas do INSS remédios de uso contínuo a preço de custo.
Nesse aspecto, muito avançou o Farmácia Popular, que fornece medicamentos primordiais de graça ou com desconto. Mas quem tem doenças crônicas sabe o quanto pesa a conta das drogarias todos os meses.
Por isso, o projeto que o Senado aprecia amanhã, na Comissão de Assuntos Sociais, é de grande valia para os inativos, parcela importantíssima da população que sente na pele, há anos, os efeitos do achatamento de suas aposentadorias.
É utópico imaginar um sistema de saúde, sobretudo no Brasil, que distribua todos os medicamentos de que uma pessoa precisa ao longo da vida. É importante destacar o sucesso das campanhas de vacinação, que exigem logísticas continentais, e a relevância do Farmácia Popular, que, embora limitado, alivia parte do sofrimento da população doente.
Mas é preciso mais, e baratear os remédios aos aposentados e pensionistas é excelente iniciativa. Ainda mais com o dólar subindo nos cascos, o que ativa uma perversa escalada de preços, já que quase tudo está atrelado à moeda americana — e com insumos de medicamentos não é diferente. Espera-se que o Senado e a Câmara aprovem o projeto e façam justiça com os mais idosos.