Por thiago.antunes

Rio - O Rio de Janeiro recebe esta semana a reunião latino-americana da Associação de MBAs (AMBA). Em debate, o tipo de escola que a pós-graduação em Administração deve ser para que as companhias da América Latina possam competir em nível global.

Nesse contexto, é bom salientar que Educação executiva hoje se guia por três palavras-chave. Uma é pertinência: todo o conhecimento é válido, mas há uma hierarquia baseada nas necessidades das empresas; outra, atualidade: é estonteante a velocidade com que conhecimentos emergem e outros se tornam obsoletos; a última, aplicabilidade: não há incompatibilidade entre teoria e prática, mas o conhecimento teórico tem de visar a uma intervenção na realidade.

Assim, a Educação nos MBAs é um convite à ‘reinvenção serial’. Não se contentar com rotulações como ‘engenheiro’, ‘administrador’, ‘psicólogo’. Temos de ser multidisciplinares e constantemente nos reinventar.

O MBA também precisa funcionar não apenas como preparação para a gestão de empresas, mas sobretudo para lançar empresas do zero. Daí a Educação funcionar como combustível ao empreendedorismo.

Para enfrentar esse novo mundo que vem por aí, as sociedades latino-americanas precisam saber que Educação é uma tarefa de responsabilidade compartida entre indivíduo, família, empresa e governo. Como estamos numa economia global, é essencial o conhecimento de culturas estrangeiras.

Dessa forma, os modernos MBAs serão aqueles que alimentarem o talento naquilo que não pode ser rotinizável — e portanto não se transformar em softwares que substituam a presença humana.
E, acima de tudo, mostrar que com ferramentas tecnológicas cada vez mais é possível, com a orientação adequada, aprender a aprender sozinho.

Marcos Troyjo é professor do Ibmec e da Universidade Columbia

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