Rio - No Brasil, apenas 3% da população aposentada se sustenta com recursos próprios. Os 97% restantes dependem de suporte financeiro para viver, sobretudo da família. Tais números mostram que os recursos gerados ao longo da vida produtiva não são suficientes ou não são bem administrados para acumular patrimônio mínimo que gere excedente a ser usado na aposentadoria.
Como mudar esse cenário? A maioria ainda vê com cautela e medo o universo dos investimentos. Mas ele é forma simples e segura de conquistar a independência financeira. Investimos para aumentar o patrimônio no futuro, que poderá ser usado na educação dos filhos e netos, na aquisição de um imóvel e, principalmente, na forma de complemento à aposentadoria oficial paga pelo governo.
Assim, investir não é uma opção para quem tem excesso de dinheiro, mas uma necessidade comum. O investidor deve buscar proteger sua poupança dos efeitos nocivos da inflação, impostos e outros fatores que possam contribuir para perda de valor do patrimônio.
A definição de como e quanto investir passa por um bom planejamento financeiro, que pode ser dividido em sete etapas: analisar as finanças pessoais e determinar o quanto é capaz de poupar por mês; ter disciplina e paciência; levantar os objetivos e limitações que possam influenciar no processo; analisar a propensão ao risco; entender os fatores do mercado financeiro que podem contribuir para o sucesso ou fracasso das aplicações; alocar os recursos nos ativos indicados para atingir os objetivos; e revisar periodicamente a carteira de investimentos.
Um plano de investimentos não está completo sem disciplina. Por isso, logo que receber o salário, aplique seu potencial de poupança, antes que tenha a chance de gastá-lo.
Caso haja uma emergência e precise usar os recursos que seriam poupados, não desanime. Basta voltar a contribuir no mês seguinte.
Estrategista de investimentos pessoais da Santander Asset Management