Por bferreira

Rio - Com a sanção da presidenta Dilma Rousseff, a destinação dos royalties do petróleo de contratos futuros para Saúde e Educação se vê enfim livre de amarras. E pode impulsionar o país de modo jamais visto, desde que executada com clareza e sobretudo honestidade.

Nas palavras de Dilma no pronunciamento de sexta-feira, por ocasião do 7 de Setembro, a operação visa a transformar um recurso finito em motor para o pleno desenvolvimento do Brasil — e a Educação está mesmo necessitada. No correto pensamento da presidenta, é ineficaz gastar as ricas verbas do petróleo em futilidades. A lei é clara quanto ao uso desse dinheiro. Trata-se de compensação pela extração, atividade de alto risco e que traz impactos.

Separar esse montante para salas de aula e unidades de saúde pode, à primeira vista, parecer um erro de interpretação, mas não é. O cerne da existência dos royalties, a compensação, é atendido pela sanção de ontem. Cabe lembrar a todo momento que o petróleo um dia vai acabar, e este fim secará a fonte das verbas indenizatórias, que tanta alegria e tanta cobiça causaram — vide a lamentável batalha pelos royalties do Rio e Espírito Santo, que ainda não chegou a um fim favorável ao produtor.

Diti isso, é hora de pedir seriedade na condução desse processo. A parte mais sensível é a aplicação do dinheiro, rotina constantemente vítima de armações, negociatas, chantagens e outros malfeitos. Já existe cronograma de liberações, mas é preciso observar com lupa a trajetória dos repasses. Para que não morram em elefantes brancos nem tardem a produzir conhecimento.

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