Por adriano.araujo

Rio - Cabe aos prefeitos o contato mais próximo com o cidadão. Seus serviços são observados diretamente no dia a dia das cidades. Portanto, é natural que seja difícil atender a todos ao mesmo tempo. Mas há opções.

Entre os bons exemplos das grandes metrópoles, está a proibição de estacionamento na via pública no Centro, como ocorre em Londres e em Roma. O que, aliás, contrasta com a confusão de Paris. No caso do Rio, no rastro das mudanças que estão em andamento, proibir parar carros nas ruas entre o MAM e a Praça Mauá seria mais do que recomendável — pelo menos, das 7h às 20h. Quem não puder pagar pelas garagens existentes, procure o transporte público, que vem melhorando sensivelmente e tende a se aperfeiçoar, com mais trens e metrô, ônibus refrigerados e vias especiais. No âmbito estadual, eliminar linhas que possam concorrer com o serviço das barcas, desafogando a Ponte.

Mesmo nos bairros, o estacionamento quando permitido deve se limitar a pequeno trecho das ruas. Copacabana, por exemplo, sofre com o pouco espaço para a circulação de veículos. É assim, por exemplo, em Nova York, onde a liberação vai somente das 20h às 7h.

A solução de controlar pela via das multas não resolve. É proibir e ponto final. A multa é um instrumento de corrupção e de assédio, quando não ao motorista diretamente, ao lojista que não pode ver sua clientela afastada. Dessa maneira, podemos vir a ter mais investimentos em garagens e estacionamentos. Agora mesmo, a Fundação Getúlio Vargas está terminando um belo centro de convenções, em local oportuno, em Botafogo, que poderá atender duas mil pessoas. E o estacionamento, terá sido previsto para estas necessidades?

O trânsito no Rio tem condições muito melhores do que São Paulo. Basta disciplinar e liberar as vias, tornando a cidade com a circulação que pode e merece ter.

?Aristóteles Drummond é jornalista

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