Por nara.boechat

Rio - São alvissareiras as notícias de queda no número de novos casos de Aids no mundo todo. É um avanço estratégico inquestionável dentro da longa guerra contra o HIV. A despeito das vitórias registradas em diferentes fronts, como se verá a seguir, cabe lembrar que ainda não existe cura para a doença, fato que não pode ser desconsiderado.

Hoje, soropositivos podem levar uma vida sem sobressaltos graças ao aprimoramento dos medicamentos. Há duas décadas, por exemplo, infectados tomavam pesados coquetéis, com graves efeitos colaterais, e não tinham garantias de combate efetivo quando a imunidade caía. Outra grande vitória veio no controle da transmissão do HIV de mãe para feto, antes uma realidade inexorável, hoje uma real chance de vida saudável para a criança.

O número menor de novos casos evidencia sucesso no campo mais delicado da batalha: a conscientização, o uso de preservativos e o cuidado com transfusões. Antes, havia os ‘grupos de risco’, segmentação irresponsável que felizmente caiu, pois a Aids provou não distinguir a quem contaminar — bastava um comportamento relapso. O freio nas estatísticas, portanto, evidencia os resultados de políticas públicas e um novo patamar de esclarecimento.

O que não significa que a briga está ganha. Ao contrário: o HIV é apenas um dos micro-organismos que desafiam cientistas e que podem, a qualquer momento, virar o jogo — vide as bactérias super-resistentes que ainda estão contidas. Basta manter a cautela e agir com responsabilidade. Com isso, a medicina, aos poucos, vai conquistando terreno.

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