Por thiago.antunes

Rio - Desatar o nó no trânsito do Rio é o desafio que se impõe ao poder público, neste cenário em que o número de carros particulares nas ruas cresceu muito mais nos últimos 12 anos do que o de habitantes, 64% contra 10%, como mostrou neste domingo O DIA. O resultado dessa conta, inflada com a falta de incentivo ao transporte de massa, são os congestionamentos diários de mais de 120 quilômetros que causam transtornos à cidade e à população.

COMO SE NÃO bastasse a agonia que impõem a cariocas e fluminenses, os engarrafamentos surrupiam precioso tempo tanto de quem está de carro como de ônibus. E impressiona a conta do desperdício com horas não trabalhadas de multidões de trabalhadores paralisados nos congestionamentos.

FORAM R$ 27 bilhões perdidos em 2012 e para este ano a estimativa da Firjan é de que suba a R$ 29 bilhões o prejuízo. Dinheirama que poderia ser canalizada, por exemplo, na ampliação de metrôs, BRTs, além da compra de mais trens e barcas.

SÃO BEM-VINDOS os empreendimentos que transformam hoje o Rio em enorme canteiro de obras e acenam com melhora futura no escoamento de veículos. Mas não bastam. É fundamental que haja investimentos que melhorem o transporte coletivo.

PARA REDUZIR os automóveis nas ruas, é preciso que o carioca tenha a opção de transporte de massa digno. Ônibus, trens, metrôs e barcas que funcionem sem percalços e ofereçam o mínimo de conforto. Do contrário, as obras serão sempre um paliativo e os engarrafamentos, eternos pesadelos e fontes de prejuízos.

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