Rio - O Rio de Janeiro está se expondo ao mundo com a série de grandes eventos que sediou e vai sediar. Não é novidade que a Copa e a Olimpíada já alavanquem, desde já, a demanda por serviços, como O DIA mostra hoje. O modo mais fácil é parir mão de obra a toque de caixa para tapar os buracos no setor, o que em nada ajudaria a melhorar a historicamente criticada qualidade do atendimento no segmento. Felizmente ainda está em tempo de fazer além do básico e formar profissionais diferenciados e atenciosos.
Todo carioca coleciona pelo menos uma dúzia de situações no mínimo vexatórias de serviços parcamente prestados. O turista brasileiro é o que mais engrossa a lista dos descontentes, pois suas queixas reverberam imediatamente. O estrangeiro, completamente desacostumado a má-vontade e grosserias, prefere resignar-se a uma incredulidade que, mais tarde, deporá contra a cidade. Mas, mesmo com tantas críticas, não se vê capacitação maciça.
Quadro que ainda pode mudar. A estratégia é tentar nivelar por cima. Se há enorme demanda a cobrir e se os novos empregados chegarem mais qualificados, é evidente que a concorrência privilegiará o melhor atendimento, rebocando todos os outros para uma reciclagem.
Não dói ensinar idiomas a funcionários e repassar pequena lista de cuidados e gentilezas. Preparar-se para os grandes eventos é tarefa de todas as esferas. O serviço é o que mais terá a lucrar se romper com essa inércia do atendimento de qualquer jeito. Basta mudar o patamar para que o padrão mude e ajude a fomentar o turismo no Rio e no Brasil.