Rio - “Não existe mãe solteira, existe mãe.” A frase, atribuída ao Papa Francisco, foi divulgada no Facebook.
Foram inúmeros os casos com que lidei, como professor, orientador ou coordenador em escolas, envolvendo parturientes menores de idade que conceberam antes do casamento. Houve as que praticaram ‘produção independente’, ou aquelas cujos namorados não desejassem o casamento e sequer assumir a criança.
Costumo dizer que ganhei batalhas e perdi algumas. O episódio da adolescente que me fora solicitado pela própria mãe para que a orientasse a evitar filhos e que veio, à revelia de todos os conselhos, praticar o aborto, falecendo devido a uma infecção generalizada, pode ser considerado um caso perdido.
Outros casos foram batalhas ganhas, mesmo contra pais de adolescentes e a opinião pública, daquelas que se vestem de falso moralismo. Conheci pessoas que ficavam perscrutando tudo o que fosse possível para ver se conseguiam descobrir quem estava grávida na escola.
Certa vez segurei quanto pude, mesmo contra a vontade do pai de uma adolescente, um aborto que ele desejava que a filha fizesse. Ela, convicta, não o praticou.
Esta era a prática de quem lia em textos sagrados “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”! Grande frase a do Papa Francisco, cheia de bondade e de acolhimento, que me conforta no ponto mais extremo de defesa da vida e da mãe: “Não existe mãe solteira, existe mãe”! Aí está o grande valor da mulher que diante de todas as vicissitudes foi capaz de defender a vida. Isto não tem preço, nem pode ser avaliado aos olhos do Criador.
Muitos anos se passaram para que me sentisse reconfortado com frase tão singela e, ao mesmo tempo, tão grávida de conhecimento e amor humanos.
Pedagogo e escritor