Rio - Sinal preocupante dos tempos que vivemos, e não só no Brasil, é que, apesar da mobilização da sociedade na cobrança de serviços públicos decentes, austeridade nos gastos e moralidade no trato dos assuntos de governo, as prevaricações se sucedem. São denúncias por todos os lados, comportamentos inadequados, falta de postura, de responsabilidade e de autoridade. Todos reclamam, e muitos apelam para a violência. Este é um quadro em que se percebe um vazio em termos de lideranças políticas de gabarito, e não simples politiqueiros que pensam em seus interesses e ignoram os da população. A insatisfação vai desde o empresariado, passando pelo operariado e classe média, aos militares.
Não se trata de ser a favor ou contra governos. Mas, sim, de um compromisso nacional em torno de agenda positiva, pragmática, voltada para o progresso, o desenvolvimento e a segurança, com ordem e respeito. Temos desafios sérios na saúde, na educação, na qualificação da mão de obra, na carga tributária elevada, pois poucos pagam. Além da fragilidade na infraestrutura, o que acarreta a falta de competitividade de nossos produtos.
Vamos dar uma pausa até o fim do ano nesse disse me disse das especulações políticas, do debate de assuntos que distraem a atenção nacional do que interessa de fato ao povo. Em alguns estados, temos programas em execução exemplares, como Rio, Minas e São Paulo. Na esfera federal, é preciso deslanchar as obras de energia e transportes, removendo dificuldades e estimular projetos como o Minha Casa, Minha Vida, que, bem gerido, pode avançar e levar a milhares de famílias a felicidade de ter um teto seguro.
É impossível melhorar a vida do brasileiro e fortalecer a democracia e a economia com essa futricaria e o clima da impunidade que revolta a todos. Para usar expressão em moda , precisamos de um choque de eficiência, de ordem, de baixa em ações judiciais repetidas e que devem de ser sumuladas com urgência. Tudo com bom senso e sem interesses políticos ou ideológicos. Como está, governo e oposição estão com comportamento elitista e insensível à voz do povo.
Jornalista