Por bferreira

Rio - São centenas os projetos, públicos ou privados, de grande importância para o Brasil que são vítimas de inacreditáveis dificuldades na obtenção de licenças ambientais, inclusive na vital questão da energia e dos transportes. Como o capital é por vezes estrangeiro, muitos já desistiram e foram para países em que são bem recebidos. A pior e mais cruel poluição e agressão ambiental é a pobreza, a fome e a estagnação da economia.

Aqui no Rio temos enfrentado restrições que beiram o absurdo. Duas obras rodoviárias urgentes, o Contorno de Volta Redonda e o Arco Rodoviário, só agora deslancharam, mesmo assim em função de verdadeira obsessão do vice-governador Luiz Fernando Pezão em ver as coisas acontecerem.O mesmo ocorreu com a estrada Cunha-Paraty, finalmente entregue pelo governador Sérgio Cabral. O Comperj também sofre para atender ao exigido. No norte do estado, uma usina hidrelétrica aprovada em todas as instâncias corre o risco de não ser construída pela demora na liberação ambiental.

A depender de entidades que dão ênfase a movimentos de origem justa e legítima — como reforma agrária e preservação da fauna e da flora —, mas sem visão progressista, até o poderoso agronegócio pode ficar comprometido. Uma varredura no setor traria certamente alegrias ao governo, que vem encontrando imensos obstáculos para investimentos que não tenha de bancar direta ou indiretamente. A maioria conta com recursos garantidos. Com este tipo de dificuldades fica difícil atrair investidores. E esta sabotagem ao progresso não favorece a ninguém, só prejudica. Chega a ser irracional.

Curioso é que os patrocinadores do atraso criticam o mesmo governo que os tolera e ao qual servem. A presidenta Dilma precisa abrir os olhos. Com uma máquina assim ela vai sofrer ano que vem.

Jornalista

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