Rio - Não é apenas através dos royalties que as colossais reservas de petróleo do pré-sal ajudarão na Educação. De fato, as verbas destinadas a melhorar o ensino farão enorme diferença. Mas a indústria tem potencial para muito mais. E o Guia que O DIA publica neste domingo na versão impressa, em parceria com a Petrobras, dá vigorosa amostra da revolução que está vindo na formação profissional.
O Brasil tem larga experiência na extração de petróleo e conta com muitos dos melhores especialistas no setor, lapidados com anos de atividade — sobretudo mar adentro. Tal proficiência, obviamente, não se adquire por osmose. É necessário dedicar anos de intenso estudo e passar por constantes atualizações.
E o pré-sal se coloca como desafio tão vasto quanto a expertise dos brasileiros que já trabalham na área. Por dois motivos: pelo volume gigantesco de óleo a extrair e pelas especificidades de fazê-lo. Não são dificuldades, mas oportunidades, e a Educação pode muito bem se apropriar delas. O país precisa de mais profissionais e tem de pensar em inovação para superar adversidades.
A exploração terá crescimento exponencial com o leilão de Libra, realizado há quase uma semana, e que trará muitos dividendos para o Brasil. O megacampo carecerá de um contingente numeroso de trabalhadores. O conhecimento, repita-se, não se cristaliza da noite para o dia. Instituições, como o Senai, já fazem sua parte, oferecendo importantes cursos de capacitação; mas se está diante de uma ‘guerra’, pelo tamanho do exército de pessoas que terão de ser treinadas. E, quanto mais cedo isso acontecer, melhor.