Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Ok. Eu sei que o assunto vai parecer fútil. E é. Mas é, também, um tormento para todas as mulheres do mundo. E para muitos homens também. Como é difícil arrumar a mala para viajar! Não importa se é para passar um fim de semana ou um mês. Não interessa se a pessoa vai para a serra ou para o mar. Não tem importância se é frio ou calor. Arrumar uma boa mala requer habilidade, desapego e organização.
Minhas amigas que viajam várias vezes por ano, para diferentes destinos, têm muitas regras e uma infinidade de manias. As mais elegantes separam, em cima da cama, as roupas escolhidas para dia e para noite, para piscina ou mar, ou para tardes de compras. Combinam colares, pulseiras, brincos, echarpes, sapatos, bolsas e carteiras. Ficam dois dias nesta função. Depois empacotam tudo, em sacos plásticos, para as roupas amassarem o mínimo possível e conseguem chegar ao destino sem esquecer de nada.
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Outras, as ainda mais exigentes, levam mais tempo porque experimentam, uma a uma, todas as produções selecionadas , para ter certeza absoluta que estarão impecáveis na viagem. E há aquelas que fazem uma lista de roupas, colares, brincos e começam a mala separando as coisas da lista. Uma amiga minha que, além de fazer a mala dela faz também a mala do marido, garante que usa três tamanhos diferentes de sacos plásticos para a arrumação das malas. Camisa de homem, segundo ela, fica perfeita se guardar duas em cada saco.
Quanto mais vivida a pessoa, se é que vocês me entendem, maior o número de bolsinhas (as chamadas nécessaires) para organizar tudo o que uma pessoa precisa no dia a dia, fora de casa. A notícia boa é que elas facilitam muito a vida dos viajantes. A notícia ruim é que, com a idade, as tais bolsinhas se multiplicam no tamanho e no volume. As que contêm cremes e remédios, a cada ano que passa, ficam maiores e mais volumosas. Não só pelas vitaminas e cremes, mas também por conta da prevenção. Do famoso vai que. Vai que eu tenha uma dor de cabeça, uma travada de coluna ou uma dor no joelho. E dá-lhe compras na farmácia mais próxima para compor sua bagagem com segurança. Se o destino é a praia tem que dobrar a quantidade de filtro solar. Se é serra, dobra-se a quantidade de repelente. E tome listas.
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E como se não bastasse tudo isso, ainda aparece uma autoridade querendo reduzir o número de quilos permitidos em viagens aéreas. Francamente! Deve ser uma outra maneira de enlouquecer a gente além de termos que pensar nos milhares de itens fundamentais numa mala. Resta o consolo de um vivido e experiente empresário amigo meu que faz sua própria mala seguindo à risca o conselho da mãe dele, que dizia que nenhum casamento resiste a quem deixa o par fazer a mala do outro . Basta faltar um item, que é briga na certa. A conferir. Para quem quiser se arriscar.