Por adriano.araujo

Rio - A celebração dos 450 anos do Rio de Janeiro deve retratar os vários olhares e as transformações que constroem essa cidade.

Garantir um cenário novo para a cidade também passa por atuar com foco no empoderamento das comunidades locais, na mobilização e articulação de atores estratégicos presentes no território, na articulação de parcerias e redes colaborativas e na qualificação da atuação de lideranças, organizações sociais e coletivos de base comunitária.

Comemorar esse aniversário representa ainda fomentar, fortalecer e articular iniciativas que promovam o desenvolvimento comunitário de todas as regiões do Rio de Janeiro e, principalmente, da Zona Oeste — região historicamente esquecida pelas políticas públicas e carente de oportunidades.

Um exemplo viável de ação transformadora é o trabalho desenvolvido por nós do Instituto Rio — uma fundação comunitária que apoia projetos de pequenas e médias organizações e coletivos da sociedade civil e contribui com a formação permanente de lideranças locais.

Trabalhar no empoderamento de comunidades implica dar a possibilidade de acesso à arte, cultura, cidadania, empreendedorismo, educação, saúde para os moradores da região. É o começo do fim de um ciclo de carências e de injustiças.

É preciso ainda promover a construção de outros espaços públicos abertos e democráticos de acesso e produção de conhecimentos orientados para dinamizar o processo de desenvolvimento comunitário com caráter permanente.

Nossa recém-lançada Universidade Comunitária da Zona Oeste é um modelo de guarda-chuva de iniciativas, uma rede de redes orientada a fomentar o intercâmbio, a troca de experiências, o trabalho compartilhado e a criação de parcerias com diversos atores do setor público, privado e da sociedade civil.É a comunidade se ajudando a crescer e se desenvolver.

Existem várias maneiras de celebrar 450 anos de uma cidade vista como maravilhosa. Porém, precisamos inserir nesta festa um olhar social inclusivo, que garanta uma participação realmente diversificada, multiplica e agregadora.

Afinal, todos os aqui vivem — da Zona Oeste à Zona Sul, são agentes de transformação e responsáveis pela cidade que queremos e estamos construindo com novas práticas e empoderamento comunitário.

?Graciela Hopstein é diretora-executiva do Instituto Rio

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