Rio - A Agência Nacional de Saúde Suplementar tem se reunido para definir que procedimentos e medicamentos estarão cobertos e disponíveis aos pacientes pelos planos de saúde a partir do ano que vem. A população pode participar desse processo por meio de consulta pública que deverá ser aberta após as reuniões internas. É por meio dessa pesquisa que serão oficializadas novas normas que beneficiarão milhares de pacientes. Nossa associação está ciente do início da rodada de reuniões e já se mobiliza para que a ANS inclua outras doenças reumatológicas em seu rol.
No Brasil existem 15 milhões de pessoas com algum tipo de doença reumatológica. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, uma em cada 1.700 mulheres brasileiras é portadora de lúpus, doença cujo tratamento medicamentoso ambulatorial ainda não é coberto pelos planos. O lúpus eritematoso sistêmico é doença autoimune inflamatória, incurável, de evolução crônica e causa desconhecida. O tratamento necessita de acompanhamento regular, podendo causar eventos adversos, como redução das defesas do organismo e o consequente aumento do risco de infecções.
O conhecimento sobre a doença avançou muito nos últimos anos. Existem hoje medicamentos disponíveis que constituem uma alternativa aos tratamentos tradicionais. É importante que estes se tornem disponíveis para os pacientes que não tiveram boa resposta às drogas usadas há mais tempo. O atual rol de procedimentos já conta com a cobertura do tratamento de doenças como artrite reumatoide e psoríase, e entendemos que o lúpus já deveria ter sido incluído neste rol.
Qualquer pessoa pode entrar em contato com a ANS para fazer seus comentários e solicitações. O tratamento adequado e o diagnóstico precoce são fundamentais. Outras informações pelo site www.anapar.org.br.
Nilma Rodrigues é pres. da Assoc. Nac. dos Grupos de Pacientes Reumáticos