Por bferreira

Rio - Arranhadas desde 2013, as relações entre Brasil e Estados Unidos parecem ter voltado às boas. A visita da presidenta Dilma — que há dois anos suspendeu viagem após o escândalo da espionagem — teve como ponto alto a distribuição de afagos pelo colega Obama. Em entrevista coletiva com a brasileira, o ‘líder do mundo livre’, emendando pergunta de teor constrangedor, garantiu que o Brasil é um “líder global”.

Obama enfileirou no discurso áreas, segundo ele, onde o Brasil desempenha papel vital. Falou do meio ambiente, a seis meses da COP-21, cúpula na qual temos grande influência; e lembrou do combate à pobreza, causa de longa data que aqui, a despeito da crise econômica, colhe bons resultados.

É imprudente virar as costas aos Estados Unidos, nação mais poderosa do mundo mesmo em crises agudas, e a ‘reconciliação’ desta semana nivela o jogo. Não que Dilma tenha feito errado em protestar quando soube das arapongagens da NSA — o mundo todo o fez, mais recentemente a França —, num justo e duro posicionamento contra intromissões injustificáveis em soberanias.

Um 'agrado' foi a entrada do Brasil no ‘Global Entry’. Na prática, um afrouxamento das burocracias para quem desembarca em território americano — uma etapa para a abolição dos vistos, algo há muito ansiado por muitos brasileiros e prova da maturidade da relação entre os dois países. Aos poucos se chegará a este objetivo. Até lá, que se percorra o caminho — agora bem pavimentado — de parcerias, entendimentos e cordialidade.

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