Por adriano.araujo

Rio - Rio de Janeiro e São Paulo são cidades relativamente próximas; tanto que, na prática, dividem o mesmo sistema hídrico. Por essa razão, era inverossímil o comportamento da população e das autoridades no tocante ao consumo de água, sobretudo se comparado ao dos paulistas, muito mais atentos a economizar desde 2014.

O descompasso, como O DIA vem mostrando desde sexta-feira, é visível: há apenas nove meses de água em estoque. O regime de chuvas, menor do que a média histórica, será incapaz de repor o gasto nesse ritmo. Há um ano, os reservatórios estavam 19% acima do volume morto; hoje, a folga até o limite operacional é de 7%.

A situação é ainda mais drástica quando se vê que, dos 55 rios que deságuam na Baía, 47 não podem mais abastecer os fluminenses, tamanha a poluição.

Não se trata de temer racionamento. O risco é muito maior. Se nada for feito para frear o consumo desmedido, é real a chance de um grande e perigoso colapso.

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