Rio - A gente passa a vida preocupada em ficar mais saudável, em comer melhor, em se exercitar para ter mais saúde. Se priva de muitos prazeres para evitar doenças, sempre com medo do câncer, derrame ou ataque cardíaco. A doença mais comum no mundo até 2030, segundo a OMS, é a depressão. Depressão é muito mais do que o luto depois da perda de uma pessoa querida ou uma tristeza decorrente de um período mais difícil da vida como a crise econômica ou um longo período de dor crônica.
É uma tristeza sem fim, uma sensação de vazio, de impotência, de olhar perdido. É uma doença que afeta o corpo todo, com insônia, fome demais ou de menos, dificuldade de se concentrar além, naturalmente, de afetar o humor, pensamentos e comportamentos. A mulher é mais chegada a ela que o homem, quanto mais grave o quadro menos a pessoa percebe e precisa do olhar atento da família e dos amigos.
Dez por cento da população mundial teve, tem ou vai ter depressão. E nestes tempos difíceis, o que mais preocupa é a resistência que muitas pessoas estão apresentando aos remédios que ajudam a acabar com a depressão. Aqueles de tarja preta. Sabe o que os médicos estão percebendo? Que as pessoas tomam mais este tipo de remédio e criam uma espécie de resistência aos efeitos dele e com isto fica mais difícil livrar o paciente da doença.
Voltar a comer como a avó da gente comia funciona para evitar depressão. Frutas, legumes, verduras, peixe e o nosso bom e velho arroz com feijão. Ou, como se diz hoje em dia, a dieta mediterrânea. Com a luta para emagrecer e também pela falta de tempo, a comida em pacote ganha mais espaço na vida de todo mundo e é um veneno. A nutricionista Orion Araujo lembra que um intestino funcionando bem é básico para a boa saúde como um todo. E comidas com rótulos, de modo geral só atrapalham este órgão vital. Sabe para que serve a alimentação de antigamente? Evita depressão e outras primas dela, como perda da memória.
A médica Sylvana Braga, especialista em alimentação, lembra que o magnésio e o zinco também são fundamentais para manter o cérebro em dia e sugere grão de bico, das lentilhas, das castanhas, da couve, do espinafre, do abacate e da banana para ter memória mais afiada, ossos mais fortes e até o desejo sexual mais animado. Portanto, por todas as razões do mundo esqueça os alimentos que nos são apresentados em pacotinhos, saquinhos e caixinhas e trate de se mexer. O exercício ajuda a sair da depressão. Não gosta de ginástica, se jogue na dança. Carlinhos de Jesus garante que a dança aumenta a alegria de viver e substitui bengala, divã ou travesseiro. Vale a pena conferir.
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