Por felipe.martins

Rio - O país, afundando em dívidas, luta para evitar o naufrágio, e quem sofre mais nessa barca é o trabalhador e o servidor, achatados com as medidas dos ministros da Dilma. Em especial, a cidade do Rio está passando por cima de questões de grande importância do povo para alcançar as Olimpíadas de 2016.

A crise afeta União, estados e municípios, acarretando em desemprego. Esse cenário retira os direitos como abono salarial e seguro-desemprego, junto com o pacote de medidas dos ministros. Sem ar, os trabalhadores cortam gastos, e o governo enxuga gelo com medidas emergenciais.

Os cidadãos vêm sofrendo aumentos de tributos para cobrir gastos da atual gestão, afetando os servidores e Previdência (PreviRio), que possuía em 2009, quando o prefeito Eduardo Paes assumiu a cadeira, R$ 2 bilhões e hoje tem déficit de meio bilhão. Cadê os R$ 2,5 bilhões que estavam aqui? Não podemos permitir o ‘déjà vu’ de 1990, quando o Rio viveu a falência.

Enquanto isso, agentes da Guarda Municipal do Rio reclamam da falta de segurança para trabalhar. O prefeito deveria investir em paióis, coletes à prova de balas e treinamento eficaz para capacitar o guarda a manusear arma de fogo pelo prazo mínimo de seis meses, a fim de dar segurança aos servidores, cidadãos e estrangeiros.

O Erário da cidade deve realocar verba para o plano de cargos e salários dos servidores da Saúde, Administração, Desenvolvimento Social e demais categorias funcionais da Prefeitura do Rio. O prefeito precarizando deixa os servidores sangrando, o que deve ser evitado, pois ele afirmar que tiveram reajuste salarial é algo pretensioso. Sequer houve recomposição da inflação, achatando ainda mais os salários dos servidores cariocas, inclusive dos aposentados.

Sabemos que as Olimpíadas ocorrerão com a Baía de Guanabara poluída, reformas de estádios, placas novas erradas, obras lindas e a população escravizada, sem escola, sem cultura, sem hospitais, permanecendo como se batata da terra fosse, largada ao relento. Quase refugiados.

Frederico Sanches é diretor jurídico do Sisep-Rio


Você pode gostar