Por karilayn.areias

Rio -Desembarcamos da semana passada cansados da enxurrada de acontecimentos que a luz da Superlua em Áries provocou. Segundo astrólogos, houve um momento revolucionário no céu. Embora haja controvérsias quanto a influência lunar no comportamento, o fato é que tudo parecia grande e revolto. Não podemos esquecer que o termo ‘lunático’ vem de ‘sensível aos movimentos da Lua’. O ministro Barroso, sabe se lá por quê, resolveu se ocupar do pedido de indulto do presidiário Dirceu e liberou sete anos da pena dele por bom comportamento. Pouco mudou, na verdade, continua preso pela Lava Jato. Destemperada a decisão.

Sob a influência da Lua ou não, o juiz Sergio Moro também mandou bala: prendeu o Cunha. Com isso, os petistas sofreram a perda daquele argumento de perseguição política exclusiva a membros de seu partido. A decisão quebra o paradigma deles e deixa em pânico diversos encrencados com a Justiça. Cunha estava cheio de processos há anos no STF, perdeu agora o foro privilegiado e, junto com isso, a liberdade. Foi para a cadeia acompanhado do agente hipster da PF que virou sensação nas redes sociais: ultrapassou 31.000 seguidores e se posiciona contra Vana! Será que foi a Lua?

Coincidência ou não, calhou de a semana começar com o horário de verão; o tempo esquentou, virou verão. E a Lua estava lá, suprema. Ela é de São Jorge, das lendas, e dos romances. Na literatura, o coronel virava lobisomem nas noites de Lua Cheia. Já a música propôs a uma geração inteira tomar um banho de Lua e ficar branco como a neve. São muitas referências, mas não é só ela que interfere no tempo, nas pessoas e nos comportamentos: o vento também faz sua participação!

Em tempos de ventania, impossível esquecer a querida Vana. Parece imune à Lua Cheia ou se esconde dela? Distante e esquecida, nos priva dos seus hilários comentários e deixa saudade. Ela é suscetível ao movimento dos “ventos estocados”, corre o risco de, a qualquer momento, ser atingida por um sudoeste “liberado por descuido”, podendo dar com os costados na República de Curitiba. Seria bom momento para, junto com Lula, felicitar o amigo pelo bom comportamento reconhecido pelo STF. Reconhecimento e valorização no mundo são necessidades narcísicas básicas e indispensáveis aos seres humanos. Viver sem aplauso não dá. Elogio é bom e amigos são para essas horas.

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