Rio - Mais de 3 mil manifestantes fecharam a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, na noite desta quinta-feira, no protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus. As passagens subiram de R$ 2,75 para 2,95 no dia 1º de junho.
Após meia hora de caminhada, uma bomba tipo 'cabeção de nego' atingiu uma agência bancária. A atitude causou reprovação entre os envolvidos, que vaiaram o autor.
Pessoas em prédios próximos produziram chuva de papel picado, além de levantar cartazes e colocá-los nas janelas em apoio aos manifestantes.
Cerca de 100 PMs do 5º BPM (Praça da Harmonia) acompanham a manifestação e, segundo a corporação, homens do Batalhão de Choque estão de prontidão no local (BPCHq).
O tráfego é lento em toda a extensão da Avenida Rio Branco e na pista lateral da Presidente Vargas, sentido Candelária, desde a Avenida Passos. Por volta das 17h, os manifestantes se concentraram na Praça da Candelária.
De acordo com a organização, pelo menos 5 mil pessoas estão agora na Cinelândia em frente ao Theatro Municipal. Já segundo a PM, 2 mil pessoas estiveram no local.
Não há qualquer registro de confronto até o momento. Os manifestantes agora se dirigem em direção à Alerj.
Já no local, ocorreu uma confusão de repente e um princípio de corre-corre. Um homem bem vestido apareceu com um corte na cabeça e imediatamente, cerca de 20 policiais o cercaram e levaram para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, informando que ele estava pichando muro.
Os manifestantes o acusaram de ser policial infiltrado da P2, querendo tumultuar o movimento. O homem se identificou como Edson Santos. "Eu trabalho em um hospital, não sabia de manifestação nenhuma e fui atigindo por uma pedrada", disse ele.