Rio - Um grupo de militantes com bandeiras da Central Única dos Trabalhadores (CUT) foi expulso do protesto por melhorias nos transportes públicos na tarde desta quinta-feira. Quando eles chegavam na Praça Pio X, no Centro do Rio, foram de encontro a manifestantes que os pediam para abandonar as bandeiras.
Muitos dos militantes se negaram a fazê-lo e houve um rápido confronto. O advogado Alexnaldo Queiroz de Jesus passava pelo local e entrou no meio da confusão quando viu os símbolos da CUT sendo rasgados. "Não sou membro da CUT, mas isto é fascismo. Todos têm o direito de participar", afirmou.
O clima tenso se repetiu em frente ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ). Um grupo de partidários do PSOL, PSTU, PT, entre outros, também com suas flâmulas, seguia na contramão do protesto pedindo por democracia.
Carros de som do MPL
Com objetivo de organizar os manifestantes durante a passeata desta quinta, da Candelária até a Prefeitura, na Cidade Nova, o Movimento Passe Livre (MPL) usará pelo menos quatro carros de som. Dois deles são da CUT e do diretório estudantil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os outros veículos serão cedidos por entidades dos sindicatos e associações.
"Pedimos que os grandes grupos tragam seus carros de som. Eles vão nos ajudar na organização. De cima, vamos poder ver as brigas e avisar a polícia o local certo", explica o integrante do MPL, o professor de História, Gabriel Siqueira, de 24 anos.
Sobre a mobilização de vários partidos políticos criarem grupos durante a manifestação desta quinta, Gabriel diz que a orientação é não partir para violência. Na quarta, durante a manifestação em Niterói, apartidários e representantes do PSTU e PSOL brigaram várias vezes. "Não existe divisão do movimento. Ele é apartidário e não antipartidário", completa Gabriel.
O Partido dos Trabalhadores (PT) organiza para esta quinta-feira, um ato em apoio à presidenta Dilma, no mesmo local e hora do MPL. A mobilização foi organizada através das redes sociais com o nome Onda Vermelha.