Rio - Um grupo de homens mascarados foi para a Lapa, na região central do Rio, e policiais militares promovem uma perseguição na noite desta quinta-feira. Bombas foram lançadas em direção ao grupo. Nas redes sociais, especula-se que 1 milhão de pessoas participaram do megaprotesto. A mobilização, pacífica a princípio, culminou em violência.
O número de feridos durante os confrontos subiu para 41, entre eles um PM e quatro guardas municipais. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde. Todas as vítimas estão sendo encaminhadas para o Hospital Municipal Souza Aguiar.
O clima ainda é tenso em alguns pontos. Parte dos manifestantes seguiram para a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Pelo caminho, há um rastro de destruição em agências bancárias, lojas e pontos de ônibus, todos destruídos, além de lixo no caminho e focos de incêndio. Na Candelária, houve novo quebra-quebra.
O Batalhão de Choque atirou a esmo balas de borracha e bombas de gás. No Souza Aguiar, houve discussão entre uma advogada voluntária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os PMs. Segundo ela, eles atiraram uma bomba de gás em pessoas que estavam na frente da 5ª DP (Mem de Sá). Um homem que estava com pedras e bombas na mochila foi detido e os policiais impediram não queriam que ele fosse atendido.
"A situação está descontrolada. É difícil identificar se há grupos individuais no protesto e quais são eles. É preciso também investigarmos o tratamento e indiciamento que os presos recebem", disse a advogada Priscila Pedrosa.
Logo após a declaração, houve empurra-empurra entre os PMs e a advogada, mas o rapaz acabou sendo atendido.
Wellington Santana, 55 anos, é sindicalista e foi agredido com pauladas e chutes por manifestantes mascarados e com lenço no rosto. Pulso fraturado. "Dez me agrediram com socos chutes e paulistas. São pessoas infiltradas. Pra causar baderna".