Por thiago.antunes

Rio - A Polícia Militar comprou 3,8 mil projéteis para armas não letais. São dois lotes de munições: 1,9 mil de tinta e 1, 9 mil de pimenta. A compra foi realizada sem licitação, porque, segundo a assessoria de imprensa da corporação, só existe uma empresa no país que vende este material para todas as polícias.

O valor investido pelo Estado na compra foi de R$ 91,2 mil. A publicação saiu no Diário Oficial de segunda-feira.

No mesmo dia também, saiu o repasse da Polícia Militar para a empresa Condor Indústria Química no valor de R$ 1,568 milhão. O dinheiro foi usado para aquisição de 27 mil bombas de gás lacrimogêneo. Os preços unitários variam entre R$ 17 e R$ 205.

No Rio%2C a PM usou gás lacrimogênio contra vandalismo em protestosAlexandre Brum / Agência O Dia

A última compra desses materiais foi em agosto de 2011. Os produtos têm validade de cinco anos. Também não foi feita licitação pelo mesmo motivo das cápsulas de tintas e pimenta.

Os lançadores de munição com tinta são similares às armas de paintball. Quase sempre são usadas por agentes de segurança para controle de tumultos. Em Campinas (SP), a Guarda Municipal usou este tipo de munição para controlar manifestantes durante os protestos pela redução das passagens de ônibus no mês passado.

Na cidade do interior de São Paulo, quem era flagrado saqueando ou depredando era marcado com tinta, o que facilitou a identificação de vândalos. As munições de pimenta lançam gás. A arma já foi usada no Rio várias vezes durante os protestos.

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