Rio - O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Oswaldo Garcia, disse nesta quarta-feira que a categoria vai apoiar a greve dos demais sindicatos desta quinta-feira, mas sem paralisação.
"O transporte coletivo não vai parar, até para que os manifestantes possam ir e voltar dos atos. Param apenas os transportes de carga e valores", disse Oswaldo.
Dirigentes já garantiram funcionamento
Ônibus, trens e metrô deverão funcionar normalmente na próxima quinta-feira, data marcada para o Dia Nacional de Luta convocado pelas centrais de trabalhadores. Dirigentes sindicais dos rodoviários e dos metroviários decidiram não aderir à proposta da paralisação para garantir transporte a quem vai participar da manifestação programada para a tarde, no Centro do Rio. Eles entendem que a passeata será o principal evento do dia.
Inicialmente, a proposta das centrais sindicais era de paralisação por 24 horas e a realização de atividades que reforçassem a mobilização nacional. A ideia, no entanto, foi perdendo força e ontem, em reunião entre as cinco principais centrais, no Clube de Engenheiros, no Rio, ficou acertado que a orientação sobre a paralisação estaria a cargo dos sindicatos.
Darby Igayara, presidente da Central Única dos Trabalhadores (seção RJ), explicou que a representação sindical é que vai decidir como se mobilizar. “A categoria pode parar 24 horas, três horas ou não parar. O importante é participar da manifestação na Candelária, de onde sairemos em passeata até a Cinelândia”, disse o sindicalista.
Maior contribuição
O secretário-geral do Sindicato dos Metroviários (engloba também a Rio Trilhos), Francisco de Assis, e o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Oswaldo Garcia, que representam em torno de 113 mil trabalhadores só na cidade do Rio, acreditam que estarão contribuindo mais para o Dia Nacional de Luta colocando transporte nas ruas.
Sindicatos divididos sobre Dia de Luta
Representações de trabalhadores no Rio estão divididas em relação à paralisação. Os sindicatos estaduais dos profissionais de Educação, da Saúde, Trabalho e Previdência, e dos bancários, por exemplo, decidiram aderir à proposta de parar por 24 horas.
Já o dos médicos e dos professores de escolas particulares não encamparam a ideia e estão orientando as categorias a trabalhar no Dia Nacional de Luta. “Não vamos parar porque a situação já está muito crítica nos hospitais”, afirmou Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos, que disse considerar arriscado interromper o atendimento.
Sebastião José de Souza, que representa cerca de 100 mil trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência Social do Estado do Rio (são 16 categorias), tem outra opinião.
“Nossa decisão foi pela paralisação por 24 horas, e a estimativa é de que pelo menos 40% da categoria cruzem os braços na quinta-feira”, garantiu Souza.