Rio - O governador Ségio Cabral disse, através do Twitter, na tarde desta segunda-feira, que não vai demolir o Parque Aquático Júlio Delamare, que faz parte do Complexo Esportivo do Maracanã. Em um série de tweets, Cabral afirmou que convesou com o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes e decidiu mantr o funcionamento do complexo.
"Disse ao Coaracy Nunes que refleti sobre o Júlio Delamare. Tenho ouvido muitas manifestações em defesa da permanência do Parque Aquático no complexo do Maracanã. Coaracy me disse que o governo com isso estaria atendendo à natação brasileira. Diante disso o Julio Delamare está mantido", escreveu.
Cabral disse ainda que ligou para o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta. "Marcamos uma conversa nesta quarta-feira para definir o futuro do estádio Célio de Barros. Disse a ele que desejo encontrar a melhor solução para o atletismo do Rio."
No entanto, o governador ainda não se manifestou sobre a Escola Municipal Frienderich, considerada uma das melhores do Rio, e o Presídio Evaristo de Moraes. depois, em entrevista coletiva, o governador reafirmou seu compromisso e marcou uma reunião para a próxima terça-feira para acertar os detalhes com a CBDA. “ O Maracanã pertence ao Estado, ele está concedido. Sentaremos junto com o consórcio que administra o estádio e o contrato será adaptado segundo esta exigência”, afirmou Cabral.
O governador reiterou que o contrato não será quebrado, e o dinheiro destinado a estas reformas “será usado em outras obras”. Com relação à Escola Municipal Friedenreich, o governador Sérgio Cabral garantiu que sua demolição não ocorrerá enquanto o consórcio não construir outra.
A demolição dos quatro locais era tida como certa desde que o Consórcio Maracanã, composto pela Odebrecht Participações e Investimentos S.A., IMX Venues e Arena S.A., de propriedade de Eike Batista, e AEG Administração de Estádios do Brasil LTDA, venceu a licitação para administrar o complexo.
Em nota, o Complexo Maracanã nformou que "ainda não foi notificado oficialmente sobre a não derrubada do Parque Aquático Julio Delamare. A concessionária só irá se pronunciar após receber o comunicado oficial do Governo do Estado do Rio de Janeiro".
Grupo vai administrar Maracanã por 35 anos
O Consórcio Maracanã irá administrar o estádio pelos próximos 35 anos a partir do final da Copa dos Confederações. A licitação foi aprovada por unanimidade no dia 9 de maio e superou o "Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro", composto pela Construtora OAS S.A., Stadion Amsterdam N.V. e Lagardère Unlimite.
Proibidos de participar diretamente do processo de licitação, os clubes de futebol deverão negociar com o grupo vencedor, de acordo com o edital, para o uso do Maracanã. O consórcio ainda terá compromisssos com a demolição do estádio de Atletismo Célio de Barros e o parque aquático Julio Delamare, além da remodelação do Museu do Índio, que será o Museu Olímpico, e a construção de centros esportivos de atletismo e natação no entorno do estádio.
Do lado de fora do Palácio Guanabara, onde o anúncio foi feito, pessoas protestaram contra a licitação do estádio e criticando o governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o empresário Eike Batista.