Por bianca.lobianco

Rio - Policiais da 22ª DP (Penha) prenderam, nesta segunda-feira, Eduardo Martins Dias, conhecido como “Dudu”, de 32 anos. O homem é apontado como um dos suspeitos de ter participado do ataque à unidade do AfroReggae, na última quinta-feira, na Vila Cruzeiro, Zona Norte do Rio.

O acusado foi preso em flagrante com um quilo de maconha na Rua Júlio Ferreira de Nascimento, na Vila Cruzeiro. Ele seria gerente do tráfico na Rua 29, na comunidade, além de atuar também no Morro do Barbante, na Ilha do Governador.

José Júnior afirmou que tem o apoio do prefeito e do governadorEstefan Radovicz / Agência O Dia

Dudu possui passagem pela polícia por tráfico de drogas. Segundo a polícia, quatro bandidos em duas motos atiraram contra a unidade do Afroreggae. Um deles seria Dudu. Os outros três suspeitos já foram identificados pela polícia.

Pastor envolvido

"Todo ataque ao AfroReggae e que nos coloca com a imagem arranhada tem envolvimento do pastor Marcos Pereira e do Comando Vermelho. Ontem mesmo (quarta-feira) tentaram quebrar a fachada. Hoje às 17h50 recebi o telefonema de um morador informando que dois traficantes em uma moto alvejaram nossa fachada de vidro, que ficou completamente destruída. Soube que foram mais de 30 tiros." A declaração é do coordenador da ONG, José Júnior, após o núcleo do grupo cultural na Favela Vila Cruzeiro, na Penha, ter sido atacado na tarde desta quinta-feira.

"Mesmo com esses ataques, nós não vamos desistir do núcleo e ele não será fechado", afirmou. Mais cedo, Júnior escreveu sobre o atentado no Twitter.

Pela rede social, o coordenador do AfroReggae também garantiu o funcionamento da unidade. "Nao vamos fechar! Esses atentados fazem parte da estratégia dos covardes que querem mostrar o que não tem: força!!!!!!", postou.

Em nota, a assessoria das UPPs confirmou que policiais da UPP Parque Proletário trocaram tiros com criminosos que passaram de moto atirando contra o prédio da ONG AfroReggae que fica localizada na Praça São Lucas, no Parque Proletário.

"A fachada do prédio foi alvejada por diversos tiros mas ninguém ficou ferido. Os policiais da UPP estavam na frente da Ong reforçando a segurança do prédio quando duas motos passaram com dois ocupantes cada e efetuaram os disparos. Os policiais reagiram e seguiram em perseguição ao bandidos que fugiram em direção ao morro da Chatuba, na Penha. Os policiais das UPPs da região estão fazendo cerco para localizar os criminosos".

A ação ocorreu apenas um dia depois da sede do AfroReggae ser reaberta na Favela da Grota, no Complexo do Alemão, também na Penha, nesta quarta-feira. A ONG retomou as atividades 15 após um incêndio que destruiu parte de sua pousada na comunidade. Mas poucas horas antes da cerimônia, a hospedagem foi novamente alvo de pelo menos nove tiros de fuzil.

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