Por nara.boechat

Rio - O comandante da UPP do Andaraí, capitão Victor de Souza, se reuniu ontem com lideranças da comunidade para “reforçar o diálogo” com os moradores. Ontem, o DIA publicou denúncias de supostos abusos que estariam sendo cometidos por alguns policiais da unidade contra jovens da favela. Souza voltou a negar ter recebido informações de uma possível lista de “marcados para morrer”.

“Não sei com que intenção alguém pode ter feito essa acusação”, argumentou Souza, lembrando que quatro PMs da unidade estão afastados por 15 dias, tempo de duração de dois processos investigatórios sumários. “São relativos a duas ocorrências de condução de presos para delegacia. Um, dia 20, pelo sumiço da identidade de um suspeito. E outro dia 27, por suposta truculência contra outro”, ressaltou.

'Polícia e ladrão'

O capitão garantiu que um dos PMs acusados, identificado como sargento Ferreira, e que, segundo relatos de moradores ao DIA, teria perguntado, no sábado, a meninos, quando iam arrumar armas para brincar de ‘polícia e ladrão’, estava de folga naquele dia.

Os outros quatro PMs citados por moradores, ainda conforme o comandante, não estão na ativa. Um teria sido retirado das ruas há um ano e meio; outro está de férias; e outros dois foram transferidos para trabalho interno em batalhões convencionais.

O presidente da Associação de Moradores, Jorge Bidu, afirmou que a ampliação do diálogo “só traz benefícios” para a comunidade.

Nos três anos da UPP Andaraí, de acordo com Souza, só 10 dos 220 PMs da unidade foram transferidos para batalhões por “não terem se adaptado aos procedimentos de proximidade com moradores”. “No período, prendemos 61 bandidos e apreendemos 10 menores”, disse o capitão, lembrando que além dos encontros mensais com moradores, a UPP foi a primeira a instalar o Grupo de Polícia de Proximidade, espécie de ouvidoria que vai às residências.

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