Por tamyres.matos

Rio - Pressionado pela executiva nacional do PT e pelo por enquanto aliado PMDB para não atacar frontalmente o governador Sérgio Cabral, o senador Lindbergh Farias entrou de leve em cena nesta quarta-feira. Nas inserções do partido que começaram a ser transmitidas na TV, as farpas nas entrelinhas estavam todas lá. Mas o pré-candidato ao governo pelo PT baixou o tom das inserções anteriores e preferiu falar do que chamou de “desequilíbrio” entre o Brasil e o Rio de Janeiro.

“O Rio precisa se equilibrar com o Brasil para cuidar melhor de quem mais precisa”, disse Lindbergh. No programa que foi ao ar no início do ano, por exemplo, o senador fez críticas a projetos de Cabral e apresentou o slogan “PT. Tá chegando o melhor momento do Rio”, numa clara alusão à sua pré-candidatura. Acabou tomando um puxão de orelhas da Justiça Eleitoral por propaganda antecipada. Até quarta-feira, o PT terá exibido 40 inserções — 10 por dia.

Nesta sexta, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, vai estar no Rio para o seminário “As manifestações de junho no Brasil — razões e perspectivas”, que reunirá representantes de partidos de esquerda. Falcão deverá aproveitar para conversar com petistas sobre a crise que se instalou no partido depois de adiada, por ordem sua, reunião que poderia selar na segunda-feira a saída do PT do governo Cabral.

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