Por cadu.bruno

Rio - A violência em comunidades não pacificadas fez mais uma vítima no Rio de Janeiro. O garçom Esmael Emídio da Silva, de 37 anos, foi morto por traficantes na noite da última terça-feira em Senador Camará, na Zona Oeste. A vítima trabalhava há 10 anos no Teatro Rival Petrobras, que publicou nota em rede social lamentando o ocorrido. "Esmael era muito querido por funcionários, artistas e clientes da casa. Ele encantava o público com a sua simpatia e sua gentileza no atendimento a todos", diz trecho do texto.

Garçom Esmael Emídio da Silva foi morto por bandidosReprodução Internet

Segundo a direção do teatro, Esmael trabalhou no show do artista Jacob Bonjardim na noite de terça e, ao sair da tradicional casa de espetáculos da Cinelândia, foi para casa e parou num bar. Ao sair do banheiro, teria sido surpreendido com um grupo armado que efetuou dois disparos contra ele.

Segundo populares, os bandidos estavam ali para invadir uma comunidade próxima. Esmael deixa três filhos.

O corpo da vítima é velado no Cemitério do Catumbi e será enviado para uma cidade na Paraíba, onde moram seus familiares.

Guerra do tráfico em Senador Camará

Dois suspeitos morreram e outro foi baleado numa tentativa de invasão na Favela do Sapo. Em quatro carros, cerca de 20 bandidos da Cidade Alta tentaram tomar o controle da venda de drogas da comunidade. O confronto entre traficantes durou por mais de 40 minutos e assustou os moradores.

Policiais do 14º BPM (Bangu) foram acionados para a Favela do Sapo e encontraram os corpos de Fabiano Constancio Caldeira, de 29 anos, e Paulo Roberto de Oliveira da Silva, 33, além de mais um baleado. Este último foi socorrido em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Senador Camará.

Segundo o comandante do 14º BPM, tenente-coronel Carlos Eduardo Sarmento, os quatro carros usados na ação eram roubados. “Essa prática de roubar carro para invasões ou outros delitos é típica daquela região (Cidade Alta) e Chapadão”, afirmou o oficial.

Ocupação

A Divisão de Homicídios investiga o caso. Peritos da especializada foram até o local do crime e os quatro carros usados na ação foram apreendidos. Ainda de acordo com o tenente-coronel Sarmento, a Favela do Sapo vai ficar ocupada pelos PMs do 14º BPM por tempo indeterminado. “Vamos esperar o nosso setor de inteligência colher mais informações e enquanto isso ficaremos na comunidade vasculhando todas as áreas”, declarou. A polícia acredita que a tentativa de invasão, a princípio, não tenha tido sucesso.

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