Rio - Quatro pessoas ficaram feridas e 29 foram levadas para a delegacia na noite desta quarta-feira em mais um confronto entre policiais e radicais, em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, que deixou um rastro de destruição pelos bairros vizinhos. Como nos protestos anteriores, a concentração começou pacífica por volta das 17h30 na Praça São Salvador.
Pessoas com mochila eram revistadas. Uma jovem que levava estilingue foi detida e, em seguida, liberada. A ação dos PMs revoltou os cerca de 300 manifestantes que partiram em direção ao Palácio Guanabara. Na chegada do 29º detido à 9ª DP, iniciou-se nova confusão. Momentos antes uma bomba explodiu dentro do carro da Polícia Civil em frente delegacia.
Para evitar nova tentativa de invasão ao prédio sede do Governo, PMs montaram um bloqueio próximo à sede do Clube do Fluminense. Um grupo aproveitou a passagem de uma van e tentou furar o bloqueio, mas foram impedidos por jatos d’água pela polícia. Manifestantes revidaram com pedras na direção dos policiais que jogaram bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha.
Na Rua Pinheiro Machado, dois policiais foram atingidos no rosto por pedradas e socorridos. Dois socorristas que dão apoio foram feridos também. Um deles foi atingido na perna com o impacto de uma bomba de efeito moral e o outro sofreu ferimentos no ouvido, provocados pela explosão do artefato.
Por segurança, foram interditados os dois sentidos da Rua Pinheiro Machado. O trânsito ficou lento e motoristas desviaram pela Praia de Botafogo para chegar ao Centro. No sentido contrário, os carros fugiam pela Rua das Laranjeiras. Os acessos para o Catete nas estações do Metrô foram fechados.
Até a delegacia, radicais destruíram tudo o que encontravam pelo caminho. Cinco agências bancárias foram depredadas, além de lixeiras, pontos de ônibus e lojas. Ao todo, 29 pessoas foram detidas e encaminhadas para a 9ª DP (Catete). Elas vão responder por dano ao patrimônio, desacato e, algumas, formação de quadrilha. O grupo se concentrou na porta da delegacia, para aguardar a liberação dos presos.
