Por tamyres.matos

Rio - Profissionais da educação do município tiveram mais um dia de luta por suas reivindicações. Para uns, houve avanços, para outros, não. Enquanto auxiliares de creche comemoraram a promessa de enquadramento no quadro do magistério, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) desanimou-se com a dificuldade em ter aumento salarial para a categoria.

Segundo a coordenadora do Sepe, Susana Gutierrez, o vice-prefeito do Rio, Adilson Pires, e o secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, disseram que a possibilidade de reajuste de salários é “quase zero”. Porém, ao requisitarem estudos de cálculos que inviabilizassem o aumento, nada lhes foi apresentado. “Como dizem que não têm dinheiro para um novo reajuste de salários se repassam R$ 758 milhões incluídos na Educação para a previdência?”, questionou Susana.

Professores fizeram protesto na porta da Prefeitura nesta quintaAdriano Silva / Agência O Dia

Ela tomou por base a informação revelada ontem no DIA de que nos 25% do orçamento que deve ser investido em manutenção de ensino, a prefeitura incluiu em 2012 R$ 758 milhões destinados ao fundo previdenciário de inativos da área de Educação. A irregularidade consta de um parecer prévio do Tribunal de Contas do Município (TCM)sobre o orçamento da prefeitura do ano passado.

A coordenadora também afirmou que é recorrente a prefeitura incluir gastos que não são para Educação nas contas, e que o caso já tinha sido objeto de estudo do sindicato. “A matéria é uma comprovação do que o Sepe vem denunciando. A prefeitura não aplica no setor os 25% das receitas, como manda a Constituição”, informava uma publicação anexada à reportagem no site do sindicato.

Protesto tem resultados

Nesta quinta-feira, cerca de mil auxiliares de creche protestaram em frente a sede da prefeitura, na Avenida Presidente Vargas. Érica Videira e Vânia Souza contavam que, mesmo com o reajuste do salário feito pela prefeitura (R$ 660), o valor continua abaixo do salário mínimo (R$ 678). “Trabalhamos com dedicação 40 horas por semana. Nem incluída na categoria de magistério somos”, contou Érica.

Depois de reunião com o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo, o vereador Paulo Messina (PV) trouxe novidades: “O secretário prometeu que criará uma nova área de carreira de educação infantil”.

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