Por tamyres.matos

Rio - Exames complementares feitos por peritos do Instituto Médico-Legal (IML) apontaram que Laércio Hilário da Luz Neto — de 17 anos,que foi encontrado morto no último dia 13 numa laje no Parque Proletário, no Complexo da Penha — morreu em decorrência de um problema no coração. Segundo o laudo, ‘a cardiopatia dilatada e o edema pulmonar decorrente de processo patológico foram provocados, provavelmente, por excesso de esforço físico’. Ainda segundo o documento, não houve homicídio.

Parentes e vizinhos chegaram a acusar policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela de matarem Laércio. Um laudo preliminar do IML já havia constatado que o corpo do jovem não apresentava sinais de violência, asfixia ou tiros. A família do rapaz não foi localizada ontem para comentar o resultado do laudo.

No dia 13, ônibus foram incendiados por moradores que protestavam pela morte do rapaz no Complexo da PenhaAlexandre Brum / Agência O Dia

Na época, em protesto contra a UPP pela morte dele, moradores chegaram a colocar fogo em três ônibus e apedrejar uma patrulha da PM. Nas horas seguintes aos ataques incendiários em dois ônibus da linha 623 e um da linha 622, a Viação Nossa Senhora de Lourdes, responsável pelas linhas, recolheu todos os seus veículos da região. O fornecimento de energia elétrica também ficou prejudicado na região e só foi restabelecido quase 20 horas após a confusão.

APREENSÃO NA VILA CRUZEIRO

Também no Complexo da Penha, policiais da UPP da Vila Cruzeiro apreenderam no fim da noite de quarta-feira 1.773 papelotes de cocaína e uma moto roubada naquela comunidade carente.
Segundo os PMs, dois homens abandonaram o veículo e fugiram ao perceberem a aproximação dos militares da localidade conhecida como Campo do Ordem. Os suspeitos também deixaram para trás as drogas. Não houve prisões nem tiroteio. A ocorrência foi registrada na 22ª DP (Penha).

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