Por bianca.lobianco

Rio - Um confronto entre oito policiais do 7º BPM (São Gonçalo) e cerca de 20 traficantes do Complexo do Salgueiro, numa área de mangue próxima ao Conjunto da Marinha, resultou em três mortes, uma delas em condições bastante suspeitas na tarde de quarta-feira. Segundo comunicado oficial da PM emitido na manhã desta quinta-feira, o sargento Eliézio Figueiredo foi morto por uma série de picadas de abelhas durante a troca de tiros.

Por sua vez, o delegado-titular da 73ª DP, Raul Morgado, que investiga o caso, informou, no entanto, que o sargento Eliézio morreu devido a tiro na cabeça, o que foi omitido no boletim da Polícia Militar, horas antes.

Dois suspeitos, ainda não identificados, acabaram mortos, e com eles foram apreendidos 600 papelotes de cocaína, 818 sacolés de maconha e 165 pedras de crack, além de dois fuzis, sendo um AR-15 e outro calibre 556.

Corpo do PM é carregado por colegas%3A disparo teria atingido colmeiaSandro Nascimento / O São Gonçalo

“O 1º sargento Eliézio Figueiredo, que estava até então desaparecido, foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira (22/08) próximo ao Manguezal. Ele foi gravemente picado pelas abelhas e não resistiu”, dizia o comunicado da corporação.

PERÍCIA NOS FUZIS

Um dos policiais que estavam com o sargento Eliézer na operação, o cabo Paulino, e que também alegou ter sido picado por abelhas, foi outro a confirmar a informação da Polícia Civil em relação ao tiro sofrido pelo colega.

“Estávamos na operação no Complexo do Salgueiro em busca destes bandidos quando nos deparamos com um enxame muito grande de abelhas. Eram muitas e não havia o que fazer. Saímos correndo para nos proteger e, provavelmente neste momento, desguarnecido, o sargento acabou sendo atingido, mas não havia condição de resgatá-lo. Era muita abelha”, repetiu o cabo Paulino na saída da 73ª DP, onde prestou depoimento na tarde desta quinta-feira.

A Polícia Civil fará uma perícia nas armas dos policiais militares que participaram da ação e também nos fuzis apreendidos para tentar identificar o autor do disparo que atingiu o sargento. Eliézio pertencia ao Grupo de Operações Táticas da PM e era muito querido por colegas.

Você pode gostar