Rio - Convocadas pela Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH), as principais entidades empresariais do Rio se reunirão, segunda-feira, num hotel de Copacabana, para discutir o combate às manifestações violentas como as que têm ocorrido nas últimas semanas.
Em e-mail para entidades como as federações das Indústrias, Bancos e Comércio, Alfredo Lopes, da ABIH, diz que a sociedade é refém e vítima de uma “minoria agressiva” que utiliza “práticas fascistas”. A mensagem convoca os empresários para a defesa dos “valores democráticos”.
Pacotes em risco
O setor turístico é um dos mais assustados. Com a repercussão dos atos de violência na Zona Sul, restaurantes e bares têm recebido menos clientes, hotéis já registram quedas na ocupação e há casos de cancelamento de reservas para a Copa do Mundo.
Passividade
Dirigentes de entidades evitam críticas diretas ao governo, mas reclamam de uma certa passividade da polícia. Alguns afirmam torcer para a posse imediada de Pezão: dizem que Sérgio Cabral, desgastado, perdeu autoridade.
CRÍTICA DE AMIGOS DO GOVERNADOR
Alguns aliados de Cabral temem que a situação saia do controle. Têm feito críticas ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, chamado de omisso. Ele estaria resistindo a determinar uma repressão mais efetiva aos manifestantes.
Há reclamações também em relação à Polícia Civil, que ainda não identificou e apresentou os responsáveis pelos atos violentos. Cabral, que evita se meter na área de segurança, já admitiu internamente que a atuação da polícia precisa mudar.